Uma gama de cores evocando memórias exóticas.
De nuances âmbar a reflexos metálicos, o cristal veneziano reúne três tons de elegância excepcional.
Caramelo, Conhaque, Castanho: estes são os tons mais quentes da gama de cores do cristal veneziano da Barovier&Toso. Baseiam-se na natureza, paisagens coloridas de outono, remetendo a uma época em que esses tons impregnavam e perfumavam a cidade de Veneza.
Houve um tempo, de fato, em que o mercado de Rialto era um tumulto de especiarias do Oriente. A República de Veneza tinha o monopólio desses produtos, e todas as especiarias que chegavam à Europa tinham que passar pela bacia de San Marco. Cobiçados e caros, eram usados pelos ricos como sinal de status. A fortuna de Veneza foi construída sobre especiarias, juntamente com outros bens de grande valor, como seda e pedras preciosas. Podemos imaginar os comerciantes moendo e misturando cuidadosamente sementes, cascas, folhas, testando as melhores combinações e criando o famoso “sacchetti veneziani”: açafrão, cúrcuma, canela, cravo, anis estrelado… uma exótica variedade de sabores, aromas e cores, com tons quentes de âmbar.
Enquanto isso, a vizinha ilha de Murano estava cheia de vidrarias, e suas ruas estreitas tornaram-se o local preferido para a prática da arte da vidraria. Artesanato mestre, habilidade extraordinária e experimentação foram os principais ingredientes dentro dessas oficinas, onde a história e a reputação de Murano tomaram forma. Materiais do Oriente também tiveram um papel na fabricação de vidro, como sílica para vitrificação, cal sodada e madeira para combustível. Materiais humildes que nas mãos dos mestres vidreiros se tornam preciosas obras de arte.
Há 700 anos que a Barovier&Toso continua a produzir criações em vidro soprado, com uma abordagem de alfaiataria para responder a necessidades específicas e individuais. A cor é uma característica fundamental, pois interage profundamente com o design do objeto e os interiores em que os itens encontram seu contexto, em um jogo de gostos e equilíbrios. Cada cor tem características próprias, e a escolha dos tons torna-se um desafio fascinante quando nos deparamos com a extraordinária gama de exemplares oferecidos pela Barovier&Toso.
Em particular, a cor Caramelo é muito luminosa e viva, com reflexos dourados e tons de laranja. Proporciona contrastes vívidos com acabamentos metálicos, permitindo a criação de combinações muito marcantes que conferem um carácter marcante aos espaços. A cor Cognac destaca-se pelo seu charme discreto e refinado que nunca passa despercebido. O brilho transparente do cristal veneziano abraça um tom pálido, quase etéreo, mas fortemente expressivo. Sua versatilidade é ilimitada e se encaixa em ambientes contemporâneos e clássicos com extrema indiferença.
A cor marrom surpreende por sua elegância e fascínio. É um tom quente, nunca muito intenso, desenvolvido pela Barovier&Toso para os amantes do glamour. Os destaques de bronze do cristal interagem com a luz e contribuem para tornar os espaços sofisticados, tanto em casa quanto em ambientes mais formais.
Algumas das criações de Barovier&Toso, como Perseus e Manhattan, pedem combinações multicoloridas em que os tons de Cognac e Brown aparecem juntos, em relação ao cristal transparente, branco ou cinza, formando uma paleta elaborada e intrigante.
SEGREDOS DO FORNO
Dentro do Museu Barovier & Toso em Murano há um esplêndido exemplo de um vaso “Aborígene” amarelo âmbar. Uma peça única que remonta à década de 1950 e projetada por Ercole Barovier. A técnica de fabricação é a de “coloração a quente sem fusão”, que consiste em inserir óxidos, sais e outras substâncias entre duas placas de vidro transparentes e incandescentes, graças às altas temperaturas atingidas, elas adquirem cores particulares, criando cores diferentes e nunca iguais. efeitos.
DICAS
No final da Idade Média, o comércio de especiarias estava nas mãos da Sereníssima, já em estreito contacto com as culturas africanas e asiáticas com vista para o Mediterrâneo. Toneladas e toneladas de especiarias partem do Extremo Oriente passando por Veneza, vendidas no famoso mercado de Rialto sob a estrita supervisão dos funcionários do estado responsáveis, os “messeri del pepe”. Assim nasceu a famosa Rota das Especiarias. Em Veneza, os “spezieri” experimentam esses ingredientes, misturando-os e dosando-os para depois vendê-los em pacotes chamados sacos venezianos. A partir desse momento, Veneza e o mundo inteiro não poderão mais prescindir das especiarias. As especiarias nunca abandonaram a cozinha veneziana: um exemplo é a “pastissada de manzo” com legumes, preparada com cravo e canela ou a mais famosa “sarde in saor”, cozida com cebola, passas e pinhões.
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